[Resenha] Coração de Tinta

sexta-feira, 29 de julho de 2011
"Nada posso fazer: parece que há em mim um
 lado infantil que não cresce jamais" – Clarice Lispector



Diria que é um dos livros infantis mais lindos que já li. Digo isso, porque é interessante ver a fórmula que a Cornélia Funke adotou para sua criação. Como quase sempre numa história, muitos fatos ruins que aconteceram são ditos, mas nada exatamente ruim acontece durante a história.



Diferente de uma história infanto-juvenil, nenhum personagem é realmente mau ou algum personagem morre em cena. Mas a história é perfeita, como num conto de fadas.


Meggie é filha de um médico de livros que esconde dois grandes segredos dela. O primeiro é como sua mãe, Tereza, desapareceu, e o segundo é que ele é um Língua Encantada – como diriam os personagens que ele consegue dar vida ao tirar das páginas com sua simples leitura em voz alta. 


Há muito tempo atrás, Língua encantada, ou Mortimer, leu um livro para Meggie e, sem saber de seus poderes, retirou dele alguns personagens malvados que resolveram fazer do planeta Terra sua moradia e aterrorizar a sociedade. O livro chamava-se Coração de Tinta. Ah, e também retirou o triste e covarde Dedo Empoeirado, o domador de fogo. O segredo de Tereza, porém, ainda fica no ar. Agora Mortimer, Dedo Empoeirado e Meggie, precisam encontrar outro livro para poder desvendar o mistério e trazer a mãe da menina de volta.




[Palavra de fé] Prosperidade e Caráter de Deus

domingo, 17 de julho de 2011

Boa noite, queridos leitores! Hoje, retorno com uma  breve meditação bíblica a respeito da Prosperidade. Escrevi esse texto num domingo, 19 de junho deste ano, e aconteceu exatamente como descrevo logo no início. Nesse período, eu estava cursando aulas de Prosperidade com a professora Elizete Garcia, pelo Centro de Treinamento Rhema Brasil, e o mais interessante é que, no dia seguinte, ela explanou exatamente esse trecho bíblico; foi como se eu já soubesse o assunto da aula. Bom, espero que vos seja útil, do mesmo jeito que tem sido para mim.


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Estava aqui, deitada na cama, pensando na vida - o que a maioria das pessoas faz assim que acorda -, e me veio em mente a palavra PRIMÍCIA. Dar primícias a alguém é sinal de honra, então pensei, toda honra deve ser dada primeiro a Deus. Certo, era o ponto inicial. Mas, como? E me veio à lembrança as palavras de um homem a quem muito admiro, o professor Mário Prieto: Faça alguma coisa, você!

Isso martelou ainda mais em minha cabeça. Afinal, que coisa eu deveria fazer? Tornei a pensar na vida, então, de repente, caiu a ficha: eu deveria pegar a Bíblia.

Pronto, Bíblia em mãos; mas, e agora? Orei, pedi ao Espírito Santo de Deus que me dirigisse e agradeci por Ele habitar em mim. Daí, fui para Filipenses, livro em que estava meditando anteriormente, e comecei a ler o último capítulo. Vejam o que encontrei:


“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas 
as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” - Filipenses 4:19.


Tudo bem, Isie, esta é uma passagem muito conhecida e orada pelas pessoas, inclusive, você mesma escreveu um enorme AMÉM ao final do versículo, que mistério haveria nisso? E a resposta foi imediata: Deus é um Deus de princípios! Certo, disso eu já sabia, seguir princípios faz parte do caráter de Deus, Ele é zeloso para com a Sua Palavra, e aquele que a cumpre recebe o que nela está escrito, como me garante Jeremias 1:12 (E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir). Então, o que queria mesmo dizer Filipenses 4:19?

Frequentemente, lemos certos versículos e os recitamos como promessas garantidas por Deus; mas, bem, será que eles realmente são para nós?

Calma, calma, não me chamem herética. O que senti em meu coração foi: você percebeu o contexto dessa palavra? E eu voltei à leitura, e vi que lá, um pouco antes, no versículo 15 do então capítulo 4, estava escrito:


“E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.”

Ou seja, os filipenses seguiam um princípio de Deus quanto à prosperidade (ausência de necessidade em todas as áreas da vida), o da semeadura. Ou nunca lemos em Lucas 6:28 “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço”? Porque Deus é verdadeiramente bom e o Seu desejo é nos abençoar em tudo, mas Ele é um Deus de princípios e quer que nós, como Seus filhos por meio de Cristo Jesus, sejamos parecidos com Ele.


“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” - Lucas 6:36.


E por isso o apóstolo Paulo declarou a bênção que viria sobre os filipenses (Filipenses 4:19), porque eles cumpriam o princípio da semeadura e eram misericordiosos. Então, eu soube em meu coração, Deus suprirá, sim, segundo as Suas riquezas, todas as minhas necessidades em glória, por Cristo Jesus, mas quando eu seguir esses princípios.

Queridos, repito, nosso Pai celestial vela sobre a Sua palavra para cumpri-la, Ele é um Deus de princípios e requer isso dos Seus filhos. Como diz o professor Mário Prieto, façamos nós alguma coisa! Então, atentemos. Pois, como está escrito em Isaías 1:19 (NVI - Nova Versão Internacional), se estivermos dispostos a obedecê-lo, comeremos os melhores frutos desta terra.



Sonhos e Fases do Sono (REM e NREM)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

No fórum para escritores Escreva Seu Livro, temos um tópico criado por Gisela Santana para discutirmos sobre a influência dos sonhos em nossos escritos. Como uma coisa leva à outra - sonhos levam a sono e sono leva à qualidade do sono - terminei falando sobre Os Estágios do Sono. O assunto é bastante interessante, por isso resolvi trazê-lo para cá. Espero que seja útil. 

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Como já deve ter ficado evidente, eu gosto muito de sonhar. Por isso, resolvi falar um pouco sobre o sono hoje. Não que eu seja expert, mas, como às vezes meu sono se torna bastante inconstante, fico sempre buscando o assunto. Então, vamos lá... Pra começo de conversa, o objetivo final do sono não é prover um período de repouso. Diferente do que ocorre durante a anestesia geral, no sono, a frequência de descargas dos neurônios aumenta de forma notável; assim, no decorrer de uma noite de sono, nossos sistemas e funções fisiológicas (cardiovasculares, endócrinas, sexuais, de respiração e temperatura) sofrem alterações. Mas não vamos nos ater a essas coisas agora, nesse momento, desejo mesmo falar um pouco sobre as fases do sono, que é dividido em duas categorias: REM (Rapid Eye Movements - movimento rápido dos olhos) e NREM (Non-Rapid Eye Movements - Não-REM).

     O sono NREM possui quatro fases: Vigília ou Estágio 0 (dura cerca de 5 a 15 minutos); Estágio 1 (quando a melanina é liberada); Estágio 2 (cerca de 45-55% do sono total: diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, relaxam-se os músculos - sono leve); Estágio 3 (os movimentos oculares são raros, corresponde de 3-8% do sono total); Estágio 4 (cerca de 10-15% do sono total: ocorre o pico de liberação do GH - hormônio do crescimento - e da leptina; o sono profundo começa até atingir seu pico).

     Bem, como comecei falando sobre sonhos, agora, enfatizarei o sono REM, que corresponde de 20-25% do sono total, período em que ocorre a maioria dos sonhos. Esse é um estágio importantíssimo, que vem após pouco mais de uma hora de sono, e não é contínuo. O primeiro sono REM da noite dura cerca de três minutos; o segundo, dez; o terceiro, quinze; vai aumentando... Muitas pessoas dizem: “Ah, eu sonhei, mas não me lembro, dormi tão pesado...” É evidente que sempre sonhamos, mesmo no primeiro estágio do sono. Acontece que o sono REM é uma fase de sono profundo e intensa atividade. Nesse estágio, guardamos na memória as informações dos sonhos e das coisas aprendidas durante o dia. Assim, quando nos lembramos dos sonhos perfeitamente, significa que tivemos o sono REM. Do mesmo modo, se alguém não se lembra de ter sonhado, pode não estar dormindo bem - mesmo que pareça, pois dormiu pesado.

     Também é comum as pessoas acordarem várias vezes durante a noite, mas algumas não têm noção disso. O sono é interrompido, a temperatura do corpo aumenta, a pessoa suspira e sua... Acordou. Como o sono REM não é contínuo, ela volta ao primeiro estágio de sono e, após um tanto mais que uma hora, torna a ter o primeiro período REM (três minutos). Esse é um sono deficiente e de poucas lembranças. Por isso, amo sonhar e recordar os sonhos - mesmo que me deem a sensação de cansaço, já que o sono REM é um período de intensa atividade das células neuronais -, porque evidencia que dormi bem. E como preciso disso!


[Piada] O Homem Milho

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Olá, queridos amigos e leitores! Durante alguns dias, estive procurando algo diferente para trazer ao blog, então, de repente me dei conta de que ainda não havia postado piadas aqui. Por isso, trago hoje "O Homem Milho". Não me perguntem quem é o autor, porque eu realmente não sei. Ela foi contada por um dos amigos de meu esposo, que, por sua vez, me contou. Mas vamos deixar de trololós, não? Com vocês, estreando o quadro...


O Homem Milho



Em certo hospício, havia um louco que pensava ser um milho. Um dia, em sua avaliação periódica, o psiquiatra resolveu tratá-lo como milho, a fim de conferir a evolução de seu quadro.

- Oi, milho, como é que você tá? Tudo be...

- Êpa... - o louco o interrompeu. - Milho não, eu sou um homem! Eu sou uma pessoa normal, doutor.

Ouvindo essa afirmação, o psiquiatra ficou maravilhado.

- Que bom ouvir isso, rapaz! Então, você está recuperado. Vai receber alta hoje!

Após liberá-lo, o psiquiatra voltou a seus papéis, para relatar a repentina e surpreendente recuperação de seu paciente, que seguia de volta ao convívio da sociedade. Contudo, minutos depois de cruzar os portões do hospício, o homem retornou ofegante à sala do médico.

- Doutor! Doutor!

- O que foi, rapaz? - o psiquiatra perguntou sobressaltado. - O que foi que aconteceu?

- Ah, doutor, é que tem uma galinha lá fora... - respondeu, trêmulo e de olhos arregalados.

- Ora, rapaz, mas você já sabe que não é um milho.

- Sim, doutor, disso eu sei. Mas... e ela, sabe??


[Prosa Poética] A história de uma ex-borboleta

domingo, 10 de julho de 2011


Boa noite, queridos amigos e leitores. Continuando esse período poético do blog, posto hoje uma prosa poética escrita por Rafaela Barbosa, minha prima - Alo-ô, aqui quem vos fala é a Isie (rsrs). Para conhecer o blog da Rafa, clique AQUI

Sem mais nhenhenhéns... Obrigada pela visita e boa leitura!

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A história de uma ex-borboleta




     Antes era luz. A harmonia do som dos pássaros, a liberdade pertinente às borboletas. As lagartas se transformam em borboletas, mas a ela, parece-me que a transformação ocorreu inversamente.

     Era sorridente, de coração aberto e asas assim também. Um dia, alguém lhe disse que não era possível sonhar, muito menos voar... Cortou as suas asas. Esse alguém era seu próprio pensamento. Infelizmente, ela acreditou. Ele lhe disse que o que acontecia dentro da sua cabeça não era verdade e nunca se tornaria. Que era ilusório e não valia à pena continuar insistindo. Mas quem poderia afirmar isso? Todos os nossos sonhos, vontades, podem sim tornar-se reais, desde que sejamos fortes, seguros e fiéis a eles. Mas ela não foi.

     Desistiu de tudo, procurando outras coisas para se preencher, coisas também vazias. Embora ainda sorrisse e tivesse parte do seu brilho próprio, esqueceu-se de que o futuro é o que construímos agora. E foi assim que, mesmo ainda sem saber, se tornou lagarta.


[Poema] Profissão Solitária

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Bom dia, leitores do blog 'De Dai para Isie'. Eu sou Gisela Santana e colaboro com este blog com algumas de minhas criações. Nesta sexta, vocês podem conferir minha nova poesia.

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Profissão Solitária



O mundo tá girando
E eu continuo aqui.
Vejo páginas e mais páginas em minha frente
E nada de reagir.

Um quadro branco compõe minha mente,
Minhas ideias mais pensantes,
Nesta mente não tão brilhante.
Interface interessante,
Interessa-te pessoalmente,
A fazer parte deste mundo inteligente.

Esta mente atuando em constante delinquência,
Pensa sem fazer benevolência,
Nem sequer almeja uma leitura.
Segue sozinha, na amargura,
De onde tira a melhor das criações.
A dor do amor nem sempre vale a pena,
Mas quando o que se pede é um tema,
Não me importo de, simplesmente, criar.


Mais que nunca, solitária,
Uma ideia imaginária,
Talvez tampouco solidária,
Só quer um pouco mais de compaixão.
Não me deixe sozinha, não!

Na realidade, sozinha nunca fico.
Na verdade, eu consigo
Manter-me segura
Desta vida dura,
Da qual procuro apenas sobreviver.



[Poema] Ampulheta

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Olá, queridos amigos e leitores. Como vocês já devem ter percebido, temos dois novos escritores no fórum: Gisela Santanna, escritora de Memória Marte, e Miguel Caldeira, um jovem escritor português. Aproveito o ensejo para dar as boas vindas a esses dois verdadeiros prodígios, sejam muito bem-vindos!

Continuando, parece que essa foi mesmo a semana poética do blog. Então, para não sair da linha, fiquem com mais um poema. 



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Ampulheta?



Será que há espaço pra se colocar só mais um passo à frente?
E se o chão não for terra firme, contudo areia movediça?
Como saber se haverá uma corda para nos resgatar?
Alguém estará lá preparado para nos amparar?
Se nada tenho visto, devo acreditar nisso?
Acreditar em algo é mesmo seguro?
O ter segurança é uma certeza?
Ter certeza é estar a salvo?
Salvação é confiança?
Será bom confiar?
Ou certo agir?
E isso é fé?
Será crer?
A fé é real?
O real existe?
Alguém já o viu?
Se o viu, tem provas?
Sem provas, alguém crê?
Quem crê, precisa mesmo ver?
Acaso será errado crer sem sentir?
E quem não sente, permanece seguro?
É certo criticar quem confia, mesmo às cegas?
Embora não notemos, o tempo passará para nós?
Com o passar do tempo, ficamos velhos,  isso é ruim?
Se desejarmos andar de olhos fechados, quem irá impedir?


[Poema] Um pouquinho de sal...

sábado, 2 de julho de 2011

Olá, queridos leitores do blog de Dai para Isie, eu sou a Gisela Santanna, a nova colaboradora deste blog. E todas as sextas vocês poderão curtir poemas, contos, pensamentos do ramo literário, dicas, resumos e resenhas de livros, histórias de vida dos escritores e o que mais me surgir à mente. Espero que gostem desta primeira postagem.

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Um pouquinho de sal...





Um pouquinho de sal
Para aguçar o sabor.
E por favor, garçom, me traga uma dose
Do que tiver de mais pesado.
Mas me traga de bom grado,
Para ouvir a história que vou contar.

Havia um sentimento,
E havia o certo momento.
Certo ou incerto, ambos existiam.
E valiam. Se faziam valer a pena.

Mas passou,
Como o vento passa pelos cabelos,
Deixando um breve alvoroço,
Eriçando os pelos,
E moldando o rosto num belo sorriso de paz.

Agora há outro sentimento,
Mais forte, mais intenso.
E não é só o momento que faz dele importante,
É mais que o instante.
É a pausa da eternidade,
O anseio de igualdade
Que existe entre dois corpos.

Se o amor ainda prevalece.
Se o amor jamais esquece.
Traga um pouquinho de sal,
Para dar sabor à vida.
Pois a vida antiga
Já não me faz tão mal.

Agora não há o que dizer,
Nem mal ou bem a fazer.
Eu jamais quero esquecer,
Que o amor é que faz tudo valer.